Stevie Richards, ex-lutador da WWE, acusou a empresa em 19 de outubro de 2025 de usar contratos de forma abusiva para silenciar e prejudicar talentos demitidos. Durante um episódio do The Stevie Richards Show, ele criticou duramente as práticas contratuais da companhia, citando o caso de Andrade como exemplo recente.
A principal crítica de Richards recai sobre a cláusula de não-competição de um ano, que considera excessiva. Segundo ele, a WWE utiliza essa medida para impedir que um talento atue em empresas concorrentes enquanto ainda mantém ritmo e popularidade. “É óbvio que foi montado para que, em três meses, no universo do wrestling, você perca muito impulso”, afirmou.
Ele também criticou a cláusula de justa causa, que descreveu como vaga e suscetível a manipulação. “O que constitui justa causa? E se alguém se recusar a participar de uma storyline que contrarie sua moral ou personagem? A WWE poderia classificar isso como insubordinação e bani-lo por um ano”, explicou.
Richards destacou ainda que a WWE define seus talentos como contratados independentes ou funcionários conforme sua conveniência. Comparando com a cláusula de moralidade da NFL, ele afirmou que o contrato do pro-wrestling é “ainda mais unilateral a favor do promotor do que do talento”.
Segundo Richards, as restrições podem ir além do wrestling, limitando o acesso dos atletas a outras oportunidades. “Se Andrade quisesse lutar MMA, ele não poderia. A cláusula abrange qualquer esporte de combate ou até mesmo entretenimento”, questionou, levantando a hipótese de que isso poderia impedir alguém de se tornar astro de ação.
A situação pode gerar desdobramentos legais. De acordo com relatos, Andrade já teria uma equipe jurídica preparada para contestar a cláusula. Caso a justiça considere a regra de não-competição ilegal — especialmente se não houver pagamento durante o período —, isso poderá forçar uma grande mudança no sistema contratual da WWE.